#51 5 Novidades de AI do Google, Modelo Open Source Superando o GPT-4 (?) e New York Times Criando sua Equipe de AI
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Os temas de hoje são:
5 novidades de AI do Google; Modelo open source superando o GPT-4?; New York Times criando uma equipe de AI; Cheque a veracidade dos textos de AI com essa ferramenta; Troque seu rosto com o de celebridades usando essa AI.
News
5 novidades de AI do Google
O Google acaba de anunciar algumas novidades bem interessantes envolvendo suas ferramentas e modelos de Inteligência Artificial Generativa!
O gigante da busca vem tentando alcançar a OpenAI e a Microsoft nessa corrida das AIs e aos poucos vem integrando a tecnologia em suas aplicações.
Recentemente, a empresa anunciou 5 novidades sobre o Bard, o Gemini e o Maps. Dá só uma olhada:
Bard mais inteligente: o chatbot de AI do Google, acaba de receber uma atualização. Agora o modelo por trás dele é o poderoso e recém lançado Gemini Pro - para saber tudo sobre o Gemini é só clicar aqui.
Isso significa que suas capacidades foram aumentadas de maneira significativa e é bem provável que estejam até melhores do que o ChatGPT gratuito;
Bard gerando imagens: agora o Bard, assim como o ChatGPT Plus e o Bing/Copilot, gera imagens. As imagens que ele gera são criadas pelo modelo Imagen 2.
Sobre a qualidade das imagens, os resultados são interessantes, não estão no mesmo nível de DALL-E 3 ou Midjourney.
Além disso, é válido mencionar que, para gerar as imagens pelo Bard, é necessário escrever os comandos em inglês;
Bard agora é Gemini: mais uma atualização recente no Bard é o seu nome. O Google está abandonando o amigável e estranho “Bard” e adotando o sofisticado e avançado “Gemini”.
Agora o chatbot do Google adota o nome do modelo que está por trás dele.
Ao meu ver, essa mudança é bastante acertada, pois o Bard carregava a forte reputação de ser uma ferramenta inferior às concorrentes, mesmo ele tendo melhorado com o tempo;
Gemini Advanced: agora o Gemini contará com um plano pago. Da mesma forma que a OpenAI tem o ChatGPT Plus e a Microsoft tem o Copilot Pro, o Google terá o Gemini Advanced.
Custando 20 dólares por mês, o plano dará acesso ao modelo Gemini Ultra, versão mais avançada do Gemini (que superou o GPT-4).
Esse plano deve ser lançado ao longo da semana e, com isso, finalmente poderemos ver o modelo mais poderoso do Google na prática;
Maps + AI: fechando com a última notícia do Google, o Maps contará com um assistente de AI. Com essa integração, no Maps, o usuário poderá pedir recomendações e sugestões para o chatbot sobre onde ir, o que comer ou que fazer.
Essa novidade, por enquanto, está disponível apenas para os EUA, mas deverá ser aberta para mais países em breve.
Com todas essas novidades, aos poucos, o Bard (agora Gemini) vem se tornando uma ameaça significativa ao ChatGPT.
E se o Gemini Ultra realmente for tão bom quanto os testes divulgados pelo Google, isso colocará uma pressão na OpenAI para lançar um novo modelo (GPT-4.5/GPT-5).
É desse tipo de competição que gostamos… Vamos acompanhar e trazer atualizações.
Modelo open source superando o GPT-4?
Em Outubro do ano passado, falei na newsletter sobre uma start-up de AI francesa. Fundada por ex-funcionários do DeepMind e da Meta, a Mistral AI tinha objetivos ambiciosos.
Naquela época, o objetivo da empresa era adotar uma abordagem transparente e desenvolver grandes modelos de linguagem (LLMs) de código aberto para superar as tecnologias da OpenAI e do Google.
Para chegar neste ponto, a Mistral já tinha um plano bem claro:
Lançar um modelo que superasse o GPT-3.5 até o fim de 2023;
Lançar o melhor LLM de código aberto do mercado até a metade de 2024;
Levantar mais 200 milhões de dólares para desenvolver um modelo capaz de superar o GPT-4.
Passados cerca de 4 meses, a empresa está superando as expectativas e está bem próxima de dar trabalho aos líderes do mercado:
Em Dezembro, a Mistral lançou o modelo Mixtral-8x7B. Esse modelo é uma combinação de 8 pequenos modelos “especialistas”. Essa arquitetura garante qualidade, velocidade e baixo custo.
Assim, em diversos testes, o Mixtral superou o GPT-3.5, executando as tarefas com uma fração do custo e do tempo que leva o modelo da OpenAI.
E se não bastasse isso, o modelo ainda foi disponibilizado para qualquer pessoa baixar e rodar no próprio computador.
Seis meses antes do planejado, o Mixtral-8x7B já era o melhor modelo open source do mercado.
Na mesma época, a Mistral AI recebeu mais de 400 milhões de dólares em investimentos - o dobro do planejado.
Então faltava só mais uma coisa na lista: superar o GPT-4.
E tudo indica que isso não está longe de acontecer.
Isso, pois, na semana passada, vazou na internet um novo modelo da Mistral AI. Chamado de “miqu-1–70b”, o modelo foi vazado por um funcionário de uma das empresas que o testavam.
Logo após o vazamento, o modelo foi acessado por diversas pessoas e colocado à prova em um dos principais testes que avaliam a performance dos grandes modelos de linguagem.
O resultado que o Miqu foi capaz de atingir se aproxima muito do alcançado pelo GPT-4:
Apesar de são ser possível confirmar com certeza as suas capacidades, um dos fundadores da Mistral AI, Arthur Mensch, afirmou que o modelo vazado realmente pertence à empresa e deu a entender que algo mais avançado ainda já esta sendo desenvolvido e será lançado em breve.
Essa notícia é muito importante.
Um modelo do nível do GPT-4 disponível para qualquer pessoa baixar e utilizar gratuitamente iria desafiar a hegemonia de empresas, como OpenAI e Google, e aceleraria ainda mais a adoção das AIs Generativas - que custariam bem menos.
Nesse cenário, nenhuma empresa ou pessoa dependeria de uma OpenAI para acessar o que há de mais avançado em AI.
Ainda é um pouco cedo para para afirmar qualquer coisa, mas o caminho que a Mistral AI vem trilhando é bastante notório e merece atenção.
New York Times criando uma equipe de AI
Há algumas semana relatamos sobre o processo que o New York Times está movendo contra a OpenAI e a Microsoft.
A principal alegação do jornal é que a OpenAI usou de milhões de artigos do Times para treinar modelos como o GPT-3.5 e o GPT-4, sem o consentimento dos autores e sem compensação devida, infringindo, assim, os direitos autorais.
Por conta disso, o pedido do Times na ação é que a OpenAI e a Microsoft sejam responsabilizadas pelos “bilhões de dólares em danos reais e legais” e que todos os modelos AI que usaram de textos do jornal em seu treinamento sejam destruídos.
Assim, o New York Times foi o primeiro veículo de imprensa a processar a OpenAI. E esse processo o colocou em posição de antagonista das Inteligências Artificiais Generativas.
No entanto, algo surpreendente ocorreu na semana passada.
Foi revelado que o jornal nova-iorquino está formando uma equipe para explorar o uso de AI Generativa em sua redação.
Zach Seward, que foi recentemente contratado pelo Times para liderar iniciativas de IA, postou no Threads que a equipe estará focada em elaborar e experimentar maneiras de utilizar AIs para melhorar no processo das reportagens e na forma como o Times é apresentado aos leitores.
Uma descrição um pouco vaga. Mas Zach também disse em sua publicação que os cargos que comporão a nova equipe são: um engenheiro de machine learning, um engenheiro de software, um designer e alguns editores.
Um time bastante enxuto, o que indica que a empresa não deve focar em desenvolver seus próprios modelos de AI.
O mais provável é que o time apenas descubra como usar as ferramentas já existentes na operação e atividades do Times e/ou desenvolvam ferramentas próprias - mais simples - e que utilizem dos modelos de AI que já conhecemos.
Isso tudo pode soar um pouco como uma hipocrisia por parte do New York Times - sendo contra a tecnologia apenas quando é conveniente.
E talvez seja mesmo... Porém, é uma tentativa de se adaptar como pode frente a uma revolução que irá impactá-lo de uma maneira sem precedentes.
Apesar de não termos nenhuma pista sobre como Times usará das AIs em sua redação, é certo afirmar que elas não terão um papel de protagonismo nesse primeiro momento. Afinal, o jornal se mantém firme na crença de que seu jornalismo “será sempre relatado, escrito e editado por jornalistas especializados”.
Indicações
ChatProtect
Cheque a veracidade das informações dos textos gerados por AI.
Fal.ai
Troque o seu rosto com o de personagens famosos, de forma instantânea, usando essa AI.
Dica de Uso
Uma boa maneira de fazer com que o ChatGPT ou outros modelos do gênero gerem respostas mais profundas e detalhadas é usando uma técnica bem simples.
Para aplicá-la, basta pedir para o ChatGPT para explicar um conceito ou responder a uma pergunta comparando-o com algo aparentemente não relacionado ou oposto.
Não ficou claro? Então olha esse exemplo:
Aos invés de pedir:
“Descreva os benefícios dos carros elétricos.”
Peça:
“Descreva os benefícios dos carros elétricos comparando-os com as limitações dos carros a combustão.”
Com essa simples mudança você verá melhoras na qualidade e abrangência nas respostas que recebe das AIs.
Pensamento do Dia
“Innovation is the ability to see change as an opportunity – not a threat.”
- Steve Jobs
Por hoje é só!
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